Sobre a Virtual Varig Brasil

Nota Importante!

A Virtual Varig Brasil não tem fins lucrativos ou qualquer relação jurídica ou comercial com a extinta S.A. Viação Aérea Rio Grandense - VARIG(Brasil).

Somos apenas um grupo de entusiastas da aviação e admiradores desta empresa. Simulamos as operações de vôo da VARIG em softwares de simulação (FS9, FSX, Prepar3D, X-Plane e MSFS 2020/2024), seja isso através de vôos offline e nas redes IVAO e VATSIM.



Historia da S.A. Viação Aérea Rio Grandense - VARIG na vida real

A Condor Syndikat recebeu autorização para voar no Brasil no dia 26 de janeiro de 1927 e no dia 3 de fevereiro foi inaugurado o primeiro voo comercial do Brasil. No dia 7 de maio de 1927 foi criada oficialmente a Viação Aérea Rio Grandense, ou simplesmente, VARIG. A primeira aeronave da empresa foi o Dornier Wal, batizado de "Atlântico". A primeira rota da VARIG ficou conhecida como a "Linha da Lagoa" e ligava Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande. O voo era feito em baixa altitude, entre 20 e 50 metros, sobre a Lagoa dos Patos, numa velocidade de cruzeiro de 160 km/h. O avião tinha capacidade para levar 9 passageiros. No check-in, o passageiro era pesado junto com a sua bagagem, e se passasse de 75 kg era cobrado como excesso. Também eram distribuídos para os passageiros, algodão e chicletes. O algodão servia para colocar nos ouvidos para abafar o barulho dos motores e os chicletes para aliviar o desconforto causado pela mudança de pressão. O voo durava cerca de duas horas e 20 minutos, bem mais rápido do que uma viagem de trem e o bilhete não era muito mais caro. A VARIG construiu uma rampa e algumas oficinas na Ilha Grande dos Marinheiros, na foz do Rio Jacuí, bem em frente a cidade de Porto Alegre, para servir como base de operações. No final de 1927 a VARIG transportou um total de 668 passageiros e a empresa recebeu sua segunda aeronave, o Dornier Merkur, batizado de "Gaúcho". A companhia também adquiriu dois Klemm L-25, mas estas aeronaves não costumavam levar passageiros, pois só haviam dois lugares no avião: para um passageiro e outro para o piloto. Essa aeronaves eram utilizadas para o transporte de malas postais e também faziam propaganda da aviação comercial em cidades do interior do Rio Grande do Sul.

Em outubro de 2000 a VARIG criou a Varig Log, que já nasceu como a maior companhia aérea cargueira da América Latina, com uma frota de onze aeronaves puramente cargueiras. Em 2001 a VEM (Varig Engenharia e Manutenção) se tornou uma empresa separada da VARIG e foi classificada entre os dez melhores centros de manutenção do mundo. O final do ano de 2001 representou um grande marco na história da VARIG com a chegada do primeiro Boeing 777-200ER e Boeing 737-800 equipado com winglet. As duas aeronaves representavam o futuro da companhia, o Boeing 777 seria a nova estrela dos voos internacionais, substituindo os MD-11, enquanto o Boeing 737-800 substituiria a maior parte dos Boeing 737 da geração anterior. O primeiro Boeing 777 foi batizado de "Otto Meyer" e iniciou serviço na rota Rio de Janeiro - São Paulo - Londres - Copenhague. O segundo B777 foi batizado de "Ruben Berta" e iniciou voos na rota Rio de Janeiro - São Paulo - Paris - Amsterdã. Entretanto o ano de 2001 também foi marcado por uma profunda crise no setor aéreo, que afetou todas as empresas ao redor do mundo. No Brasil, as duas maiores companhias aéreas, VARIG e Tam, iniciaram um acordo de code-share no mercado doméstico em 2003, encerrado no mesmo ano.

Nos anos de 2003 e 2004 a VARIG passou por uma reestruturação, que culminou na fusão com as suas subsidiárias regionais Rio Sul e Nordeste. Após a fusão, a frota da VARIG alcançou mais de 120 aeronaves e incorporou mais Boeing 737 e Embraer ERJ-145. Também em 2004, a VARIG recebeu mais Boeing 777 e começou a operar com o Boeing 757-200. Os B757 logo agradaram os passageiros, sendo a aeronave mais confortável no mercado doméstico na época.

Com relação a malha, a VARIG se tornou a primeira companhia da América Latina a operar para a China. Juntamente com a Air China, a VARIG começou a vender bilhetes na rota São Paulo - Munique - Pequim.

Apesar dos esforços, a VARIG precisou entrar com um pedido de recuperação judicial em 2005. Para se capitalizar, a empresa vendeu a VEM para a Tap e a Varig Log para a Volo Brasil. Porém isso apenas deu fôlego para a empresa sobreviver por mais alguns meses. Em 2006 a situação chegou no limite, a empresa não tinha mais dinheiro. Em mais uma prova de que a VARIG era uma empresa única, mesmo sem receber salário, os seus funcionários iam trabalhar por amor a empresa e levavam de suas próprias casas itens como café em pó para poder servir os passageiros. Enquanto isso a frota diminuía a cada dia, aeronaves paravam de operar porque a empresa não tinha dinheiro para fazer a manutenção ou por serem arrestados judicialmente por falta de pagamento de leasing. Como consequência a malha aérea era ajustada a uma frota cada vez menor e a companhia começou a deixar de voar para vários destinos como Nagoya, Tokyo, Cancún, Lisboa, Milão, Madrid, Munique, Paris, Los Angeles, Nova York, México, Montevidéu, Assunção e Bogotá. Até o inicio de julho de 2006 a VARIG estava reduzida a uma frota de dez aeronaves e sete destinos.

Em julho de 2006 a VARIG foi dividia em duas empresa e leiloada. A “nova Varig” foi vendida para a Volo Brasil e continuou a operar com a licença da VARIG até obter a sua própria licença para operar, enquanto a "antiga VARIG" ficou com as dívidas. Em abril de 2007 a "nova VARIG" foi comprada pela Gol e iniciou uma rápida expansão na frota e na malha. Porém o plano não saiu como esperado e a Gol acabou desistindo de investir na marca VARIG. As aeronaves com as cores da VARIG foram lentamente sumindo dos céus do Brasil até desaparecer completamente em agosto de 2014. Já a "antiga VARIG" tentou seu último plano de se reerguer e lançou uma companhia aérea charter com o nome "Flex" em março de 2007. Porém em pouco tempo a empresa encerrou atividades novamente. No dia 20 de agosto de 2010 foi decretada a falência da S.A. Viação Aérea Rio Grandense - VARIG.